8.3.06

REUNIÃO DA DIRETORIA EXECUTIVA DA NCST

Sebastião José da Silva (1º à direita), Presidente da NCST/RJ
relatou o trabalho desenvolvido pelo Rio de Janeiro,
enquanto José Calixto, Presidente Nacional, fazia a anotação.

Olímpio Coutinho (1º à direita) usou da palavra
tendo ao seu lado Epitácio, Teodoro e Sebastião.

Omar José Gomes (centro) fez conclamação em defesa da NCST.



Nova Central debateu plano de lutas

Os membros da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal e os presidentes das diretorias estaduais da Nova Central reuniram-se em Brasília, nesta terça-feira. Vários encaminhamentos foram aprovados.
A NCST/RJ teve uma participação expressiva através do Presidente, Sebastião José da Silva e do Diretor de Finanças, David Pereira de Souza. O Rio de Janeiro está representado na Diretoria Executiva Nacional da NCST pelos Vice-presidente Olímpio Coutinho, e pelo diretor de assuntos parlamentares, Fernando Bandeira.

Nova Central vai estar onde o trabalhador estiver


Os membros da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal da Nova Central, além dos presidentes regionais da NCST de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina reuniram-se em Brasília, na última terça-feira, dia 7 de março. Cerca de 40 dirigentes sindicais debateram várias questões referentes ao movimento sindical brasileiro e sobre as necessidades de organização as nova Central. A reunião ocorreu na sede da CNTI, onde funciona a sede provisória da NCST.

O presidente da Nova Central, José Calixto Ramos, abriu a reunião informando sobre as atividades da Central, encaminhando que, inicialmente, seria aberto espaço para os presidentes estaduais da NCST. ´

O primeiro a falar foi o presidente da NCS de Minas Gerais, Antônio Miranda, que apresentou um programa de lutas para ser analisado; em seguida Lauro Queiroz, presidente da Nova Central no Espírito, relatou as atividades no Estado. Também falaram Luís Gonçalves, presidente da NCST de São Paulo; Sebastião José, presidente da NCST do Rio de Janeiro; Altamiro Perdoná, presidente da Nova Central de Santa Catarina; Aroldo Garcia, presidente da NCST DO Rio Grande do Sul e Epitácio Antônio, presidente da Nova Central do Paraná.

Também falaram os diretores Moacyr Roberto, Omar José, Sebastião Soares, Ricardo Balbino, José Teodoro, Elpídio, Ledja Austrilino, Célia, Geraldo Ramthun, Fernando Bandeira, José Alves, Olímpio Coutinho, entre outros.

Nos depoimentos de todos os presidentes estaduais ficou demonstrado o trabalho e a participação da Nova Central na luta dos trabalhadores. Várias questões foram levantadas, mas, principalmente, a necessidade da NCST fortalecer a sua organização e desenvolver um plano de lutas, conforme o princípio de que onde o trabalhador estiver a Nova Central vai estar.

Decidiu-se que todas as propostas apresentadas serão recolhidas e sistematizadas para se transformar no indicativo do plano de ação, a ser apreciado e deliberado na próxima reunião, no mês de maio.

Os principais temas

As propostas apresentadas foram no sentido de melhorar o sistema de cobrança das mensalidades a serem pagas à Nova Central, pelas entidades filiadas. Houve reclamação quanto ao atraso no envio dos boletos e dificuldades para proceder o pagamento. O presidente José Calixto disse que era falha da entidade e que seria corrigida brevemente.

Também foi debatida a proposta que propunha a convocação de uma greve geral pela Central. Houve várias considerações, com a compreensão de uma greve geral não é resultado apenas da vontade de uma central sindical. Ela tem que ser a manifestação das bases e deve ser realizada de forma unificada com as demais forças do movimento sindical brasileiro.

Foram apreciadas outras propostas quanto a luta pelo recomposição do valor do salário mínimo; pela realização de um primeiro de maio reivindicatório; luta pela jornada de trabalho de 40 horas; defesa da previdência sócia; mobilização pelo PL 4.554 da regulamentação do artigo 8º; luta pela reforma agrária e em defesa dos direitos dos servidores públicos; pela garantia de emprego; efetivo direito de greve e acesso do sindicato ao local de trabalho.

Também foram apresentados encaminhamentos para a Nova Central buscar acentos nos diversos conselhos paritários, entre os Conselhos do Sistema S; manifestação contra a criação de um sindicato de aposentados da Nova Central, pois, os aposentados são da base de sindicatos das categorias profissionais; informe sobre seminários das categorias diferenciadas e sobre a intervenção do Ministério Público no recebimento da contribuição assistencial.

Também foram denunciados o sistema de empréstimos para aposentados e pensionistas que tem deixado estas pessoas sem recursos até para sobreviver; a luta pela derrubada do fator previdenciário; além da conquista o salário mínimo regional do Estado do Paraná, com a mobilização da NCST daquele estado.

Outras questões apresentadas foram a mobilização da NCST pela regulamentação da profissão de motoristas; atenção à PEC 448 de 17 de agosto de 2005; busca de alternativa para a situação criada pelas Emenda Constitucional 45, que dificulta a negociação salarial; a constatação do IBGE de que os sindicatos estão entre as instituições mais confiáveis, além da necessidade de dinamizar a instalação da NCST nos demais estados.

Houve manifestações no sentido de que há uma farsa na propaganda do governo Lula quanto a geração de empregos. Pois, o que se conta com o empregos gerados são as novas carteiras profissionais, assinadas, em grande parte, por ações dos fiscais do trabalho. Na verdade não é emprego novo, mas apenas a legalização de um posto de trabalho já ocupado. Para gerar emprego há vários setores que estão com super-exploração de mão-de-obra, como os bancos e os supermercados, onde há condições para ampliar o número de vagas.

Foi observado que os diretores da NCST devem se preocupar mais em contribuir e atuar para o crescimento da central do que exigir um plano de ação para qual ainda não há condições materiais e humanas.

Foi apresentado encaminhamento para que a Nova Central esteja presente em todos os fóruns de ação dos trabalhadores, e que se deve pensar em uma marcha a Brasília em defesa dos direitos sindicais e trabalhistas; também quanto a necessidade de estabelecer um planejamento estratégico com propostas a curto, médio e longo prazo.

Houve manifestação favorável quanto à qualidade dos debates na reunião, que revelam a maturidade e a grande capacidade da Central; também foi alertado sobre a tramitação das PEC 157 no Congresso Nacional e o encaminhamento de que a Nova Central deve contrária a essa forma de revisão da Constituição; denúncia quanto a tramitação no Congresso, da ratificação das Convenção 87 da OIT que estabelece o pluralismo sindical; além de manifestação de importância do dia 8 de março quando se comemora o dia internacional da mulher, encaminhando-se que o princípio da Nova Central, nesse tema, seja no sentido que é preciso lutar contra a violência e a exploração que atinge a mulher para, em uma nova sociedade, o dia 8 de março seja, tão somente, de comemoração.

Foi salientado que a NCST deve ter por norma em relação ao processo eleitoral que as promessas de campanha só têm sentido se forem registradas em cartório e com cláusula de perda de mandato.
Além destes, foram apresentados outros pontos, entre os quais informações sobre organização da Comunicação Social da NCST, fortalecimento da estrutura interna e colaboração dos diretores com os trabalhos da central. Todos estes temas serão considerados para a elaboração do planejamento estratégico e do plano de lutas.

Bandeira apresenta sugestão para o trabalho parlamentar.


Miranda (Pres. NCST/MG) ao lado de Sebastião