VAMOS CERRAR FILEIRAS EM TORNO DA NOVA CENTRAL E ARREGAÇAR AS MANGAS!
Leiam com atenção a matéria abaixo que foi publicada por um jornalista da Folha de S.Paulo.
Empresários pró-Lula propõem reforma que elimina direitos do trabalhador
Empresários do comitê pró-Lula reúnem-se nesta quinta-feira para iniciar a elaboração de reformas que desejam ver inseridas no programa de governo do PT. Tratarão de temas polêmicos. O mais espinhoso é uma proposta de flexibilização das leis trabalhistas, com a desoneração da folha salarial e a eliminação de direitos.
- Que áreas pretendem abordar no documento?
Os problemas que qualquer governo terá que enfrentar, seja do Lula, do Geraldo Alckmin ou da Heloisa Helena. Reforma tributária, trabalhista previdenciária e política.
- Que tipo de reforma trabalhista?
É importante desonerar a folha. As contribuições sociais chegam a quase 100% dos salários. Temos também que flexibilizar a legislação. O mundo está mudando e o Brasil precisa acompanhar. Há setores, como o têxtil e o de calçados, que não são competitivos no mercado mundial e estão deixando de ser também no mercado interno. Tem país que coloca o mesmo produto aqui com qualidade boa e mais barato.
- Refere-se à China?
A China o principal exemplo. Nós temos custos que eles não têm. E por isso somos menos competitivos.
- Mas na China não há direitos trabalhistas.
A China não é um bom modelo, mas os produtos deles estão indo para o mundo inteiro, inclusive para cá. Na área trabalhista eles são um exemplo negativo. Não têm rede de proteção social. E acho que tem que haver algum tipo de proteção.
- Mudar a lei significa extinguir benefícios?
É o que estamos analisando. O que sei é que, hoje, a legislação trabalhista está amarrada. Tornando as leis mais flexíveis, evidentemente, não vai ser possível impor tantos privilégios.
- O que chama de privilégios?
Todo mundo quer dar benefício para o trabalhador. Isso significa renda. Mas precisamos perguntar: vamos conseguir nos inserir no mercado mundial dessa forma? A resposta é que não estamos conseguindo. Somos exportadores de matéria prima e bens primários. Ou enfrentamos a concorrência mundial, que é impiedosa, ou garantimos direitos e privilégios. Depois, não poderemos reclamar que estamos crescendo a 3,5% 4% ao ano.
- Em que áreas há privilégios a eliminar?
Tanto na previdência como no sistema tributário, como na reforma política, do Judiciário e trabalhista. São questões importantes para o país, não apenas para a classe empresarial. Ou o Brasil enfrenta esses desafios ou fica a reboque. Tem que ter vontade política para fazer. Não depende só do Executivo, mas também do Legislativo.
- Não acha complicado que um partido que se diz “dos trabalhadores” concorde em eliminar direitos trabalhistas?
Isso é difícil para qualquer governo. Foi difícil para Fernando Henrique, para Itamar, para os governos militares. Mas o nosso arcabouço legal não atende à realidade do século 21, emperra o avanço econômico.
- Em relação a tributos a idéia é diminuir a carga?
Tem que tributar o consumo, não a produção.
- Farão manifesto de apoio à reeleição?
Isso deve ocorrer. Vai ser discutido nesta semana.
Fonte: Escrito por Josias de Souza/ Folha de S.Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário